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Quarta-feira, 25 de Maio de 2016 ás 06:01 - Em uma sessão que durou mais de 16 horas, o Congresso Nacional
aprovou hoje (25) de madrugada, em votação simbólica, o projeto com a
revisão da meta fiscal para 2016. O texto autoriza o governo
federal a fechar o ano com um déficit primário de até R$ 170,5 bilhões nas contas públicas.
“A aprovação da meta resulta em ajuste de receitas de forma real porque a receita que previa superávit de R$ 30 bilhões, que era o texto do governo anterior, era algo extremamente irreal. Estamos ajustando as receitas, ajustando as despesas e estamos retomando investimentos estratégicos para o País”, disse o senador Romero Jucá (PMDB-RR). Informações da Agência Brasil.
Os parlamentares aprovaram o relatório do deputado Dagoberto (PDT-MS) que invocou o “momento excepcional” ao pedir a aprovação do texto. “Não podemos ignorar as dificuldades financeiras que o País vem enfrentando. O momento politico requer grande esforço de todos em prol da retomada do crescimento do País”, disse.
A meta fiscal, economia que o governo promete fazer para pagar a dívida pública, gira em torno da expectativa da receita arrecadada e também dos gastos. A nova meta com o deficit foi anunciada na sexta-feira (20) pelo então ministro do Planejamento, Romero Jucá e pelo ministro da Fazenda, Henrique Meirelles.
Dificuldades
Apesar de o texto não detalhar os cortes, do total de R$ -170,5 bilhões, R$ -163,9 bilhões dizem respeito ao deficit para o setor público não-financeiro para o Governo Central, dos quais R$ 114 bilhões referem-se ao déficit fiscal; acompanhado de R$ 21,2 bilhões de descontigenciamento de receitas; R$ 9 bilhões para obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC); R$ 3,5 bilhões para o Ministério da Defesa; R$ 3 bilhões para a Saúde; R$ 13,3 bilhões para renegociação de dividas dos estados e outras despesas. Também entra no cálculo RS 6,554 bílhões para os Estados e Municípios.
O governo interino justificou o resultado alegando dificuldades diante da crise econômica e queda nas receitas com um recuo do Produto Interno Bruto (PIB) de 3,8%. Também contribuiu o fato de que, caso a meta não fosse revista até o dia 30 de maio, o governo ficaria “paralisado”, uma vez que na prática teria que cortar mais despesas para cumprir a meta enviada por Dilma, com previsão de superávit de R$ 24 bilhões.
O valor, fixado na Lei Orçamentária Anual (LOA) de 2016, passava para R$ 30,5 bilhões, considerado todo o setor público (estados e municípios também). Contudo, já em março, o governo da presidenta afastada Dilma Rousseff disse que teria como cumpri-la e apresentou uma proposta de revisão propondo uma déficit de 96,6 bilhões nas contas públicas.
Embate e reclamações
A sessão do Congresso destinada a apreciar os 24 vetos presidenciais antes da votação da meta fiscal começou as 11h da manhã de ontem (24) e seguiu com governistas e oposcionistas travando uma batalha política em torno do tema. Liderados pelo PT, partidos contrários ao processo de impeachment da presidenta Dilma Rousseff, como o PCdoB, PDT, PSOL e Rede, se esforçaram ao máximo para obstruir os trabalhos e prolongar a votação dos vetos. O objetivo era fazer com que a sessão acabasse sendo encerrada por falta de quórum e sem votar a meta fiscal.
Os parlamentares se revezavam criticando a proposta de revisão da meta de R$ 170,5 bilhões. “Não é possível ampliar o déficit para 170 bilhões prevendo frustração de receita futura, isso é o paradigma da irresponsabilidade fiscal. É outro golpe! Foi golpe contra a democracia, foi golpe contra a aposentadoria, a política de salário mínimo, o Minha Casa, Minha Vida e, agora, é um golpe contra a estabilidade fiscal do País, no mesmo dia em que o ministro interino da Fazenda apresenta uma previsão de pedalada fiscal”, disse o líder do PT na Câmara, Afonso Florence (BA).
A meta proposta também foi criticada pelo deputado Silvio Costa (PTdoB-PE). Segundo ele, a aprovação do valor proposto seria passar um cheque em branco para o novo governo.
Outra
crítica dos parlamentares de oposição foi a condução dos trabalhos para a
votação da meta fiscal. Segundo eles, Renan Calheiros, “atropelou” o
regimento para conseguir a aprovação do texto. “O presidente do
Congresso [Renan] adotou algumas posturas diferentes das que adotava
quando a oposição não era governista”, reclamou o senador Humberto Costa
(PT-PE), referindo-se ao fato de Calheiros ter feito a votação sem
deixar que os partidos orientassem suas bancadas.
federal a fechar o ano com um déficit primário de até R$ 170,5 bilhões nas contas públicas.
“A aprovação da meta resulta em ajuste de receitas de forma real porque a receita que previa superávit de R$ 30 bilhões, que era o texto do governo anterior, era algo extremamente irreal. Estamos ajustando as receitas, ajustando as despesas e estamos retomando investimentos estratégicos para o País”, disse o senador Romero Jucá (PMDB-RR). Informações da Agência Brasil.
Os parlamentares aprovaram o relatório do deputado Dagoberto (PDT-MS) que invocou o “momento excepcional” ao pedir a aprovação do texto. “Não podemos ignorar as dificuldades financeiras que o País vem enfrentando. O momento politico requer grande esforço de todos em prol da retomada do crescimento do País”, disse.
A meta fiscal, economia que o governo promete fazer para pagar a dívida pública, gira em torno da expectativa da receita arrecadada e também dos gastos. A nova meta com o deficit foi anunciada na sexta-feira (20) pelo então ministro do Planejamento, Romero Jucá e pelo ministro da Fazenda, Henrique Meirelles.
Dificuldades
Apesar de o texto não detalhar os cortes, do total de R$ -170,5 bilhões, R$ -163,9 bilhões dizem respeito ao deficit para o setor público não-financeiro para o Governo Central, dos quais R$ 114 bilhões referem-se ao déficit fiscal; acompanhado de R$ 21,2 bilhões de descontigenciamento de receitas; R$ 9 bilhões para obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC); R$ 3,5 bilhões para o Ministério da Defesa; R$ 3 bilhões para a Saúde; R$ 13,3 bilhões para renegociação de dividas dos estados e outras despesas. Também entra no cálculo RS 6,554 bílhões para os Estados e Municípios.
O governo interino justificou o resultado alegando dificuldades diante da crise econômica e queda nas receitas com um recuo do Produto Interno Bruto (PIB) de 3,8%. Também contribuiu o fato de que, caso a meta não fosse revista até o dia 30 de maio, o governo ficaria “paralisado”, uma vez que na prática teria que cortar mais despesas para cumprir a meta enviada por Dilma, com previsão de superávit de R$ 24 bilhões.
O valor, fixado na Lei Orçamentária Anual (LOA) de 2016, passava para R$ 30,5 bilhões, considerado todo o setor público (estados e municípios também). Contudo, já em março, o governo da presidenta afastada Dilma Rousseff disse que teria como cumpri-la e apresentou uma proposta de revisão propondo uma déficit de 96,6 bilhões nas contas públicas.
Embate e reclamações
A sessão do Congresso destinada a apreciar os 24 vetos presidenciais antes da votação da meta fiscal começou as 11h da manhã de ontem (24) e seguiu com governistas e oposcionistas travando uma batalha política em torno do tema. Liderados pelo PT, partidos contrários ao processo de impeachment da presidenta Dilma Rousseff, como o PCdoB, PDT, PSOL e Rede, se esforçaram ao máximo para obstruir os trabalhos e prolongar a votação dos vetos. O objetivo era fazer com que a sessão acabasse sendo encerrada por falta de quórum e sem votar a meta fiscal.
Os parlamentares se revezavam criticando a proposta de revisão da meta de R$ 170,5 bilhões. “Não é possível ampliar o déficit para 170 bilhões prevendo frustração de receita futura, isso é o paradigma da irresponsabilidade fiscal. É outro golpe! Foi golpe contra a democracia, foi golpe contra a aposentadoria, a política de salário mínimo, o Minha Casa, Minha Vida e, agora, é um golpe contra a estabilidade fiscal do País, no mesmo dia em que o ministro interino da Fazenda apresenta uma previsão de pedalada fiscal”, disse o líder do PT na Câmara, Afonso Florence (BA).
A meta proposta também foi criticada pelo deputado Silvio Costa (PTdoB-PE). Segundo ele, a aprovação do valor proposto seria passar um cheque em branco para o novo governo.
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