Rádios renovam técnicas de engajamento

Rádios renovam técnicas de engajamento


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Sexta-feira, 10 de Junho de 2016 ás 19:09 - A relação entre a Mix FM e a estudante Júlia Leal Sanches ficou ainda mais próxima depois que a ouvinte ganhou uma promoção e viajou a Londres, no ano passado. O destino internacional foi
Mario Baccei do Grupo Bandeirantes -
Foto divulgação
apenas parte do prêmio: o que Julia gostou mesmo foi de conhecer a banda inglesa One Direction. “A Mix realizou meu sonho”, diz a fã. A rádio do Grupo Mix de Comunicação também saiu vitoriosa: a promoção atraiu mais de 1.000 (mil) admiradores do grupo que deveriam, no decorrer de um mês, reconhecer trechos das músicas do One Direction durante a programação e cadastrar seus achados em um hotsite. A ganhadora Julia, de 20 anos, virou um canal espontâneo de divulgação da rádio ao postar em suas redes sociais textos e fotos do encontro com a banda. “Até meu pai passou a ouvir a rádio”, conta. Encontrar ídolos, pedir músicas, brindes e adesivos: as rádios se utilizam, há muitas décadas, de diversas ações para conquistar o público. Hoje, tais iniciativas querem, também, envolver a audiência com a marca. É uma das prioridades para a Mix FM. “Trabalhamos para transformar os ouvintes em fãs”, fala Marcos Vicca, diretor artístico e de relacionamento da rádio. Para Sérgio Amaral, vice-presidente comercial, as ações envolvendo o Tomorrowland conseguiram refletir esse posicionamento. “Dez ouvintes, e quatro amigos de cada um deles, foram para uma área VIP do festival, em ônibus personalizado”, conta. Além de promoções com cantores como Justin Bieber, Demi Lovatto e Ludmilla, a Rádio Disney tenta manter a audiência ligada colocando o público em sua programação. O ouvinte pode gravar mensagens para serem veiculadas no programa Despertador. Já tivemos até pedidos de casamento”, conta Melissa Vergara, gerente de marketing da Rádio Disney. A presença no digital passou a ser fundamental para conseguir engajamento, seja para promoções ou para as emissoras que dependem do público até mesmo para colaborar com conteúdo. A SulAmerica Trânsito, por exemplo, necessita dessa troca de informações constante e o WhatsApp entrou na rotina da produção dos programas. “Muitas vezes os ouvintes são mais rápidos que o Waze e a CET para avisar onde está o problema”, comenta Mario Baccei, vice-presidente de rádio do Grupo Bandeirantes. A emissora recebe, diariamente, dez mil mensagens pelo aplicativo e 1,5 mil e-mails. Para Luís Fernando Bovo, editor executivo de conteúdos digitais e responsável pelas rádios do Grupo Estado, o conteúdo é o principal engajador e as redes sociais servem como termômetro para medir acertos e erros. “A web deu força às rádios”, diz o jornalista, apontando que desde janeiro, a rádio e a redação do jornal estão unificadas. Os anunciantes estão atentos e interessados em participar dessa

conversa, seja nas rádios tradicionais ou web rádios. O spot de 30 segundos ainda é o formato publicitário mais utilizado, mas as marcas podem encontrar outras alternativas nas versões digitais. No fim de maio, a Audio.Ad, que atende a cerca de 500 rádios na plataforma, anunciou um novo tipo de inserção que permite que o usuário interaja com o anúncio utilizando a voz em vez do clique. “ Se manter atrativo é o maior desafio de todos os veículos, a disputa é pelo tempo das pessoas”, afirma Mariza Tavares, diretora de jornalismo da CBN.




Colaboração Anderson Cheni
Jornalista. Editor do blog Cheni no Campo, apresentador e comentarista da RIT TV, comentarista esportivo do Portal Terra e colunista de esportes da Nossa Rádio FM. Com mais de 20 anos de atuação na cobertura esportiva, soma passagens por emissoras de rádio de Mato Grosso e Capivari (SP). Em São Paulo, trabalhou nas rádios Record, Capital, Globo e CBN e nas TVs Sky e Rede Brasil. Foi editor-chefe do extinto jornal O Fiel.


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