Termina identificação das vítimas de acidente de ônibus na Mogi-Bertioga

Termina identificação das vítimas de acidente de ônibus na Mogi-Bertioga


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Quinta-feira 09 de Junho de 2016 às 20:31 - Terminou pouco depois das 19h desta quinta-feira (9) a identificação das 18 vítimas do acidente ocorrido no final da noite de ontem (8), na Rodovia Mogi-Bertioga. Os trabalhos foram realizados no Instituto Médico-Legal (IML) de Guarujá, no litoral paulista. A confirmação da identidade dos mortos no desastre foi feita pela checagem das impressões digitais. Com informações da Agência Brasil.
Os  corpos  das  vítimas  foram  identificados  no
IML  de  Guarujá   Fernanda Cruz/Agência Brasil
O ônibus que trazia os estudantes universitários de Mogi das Cruzes, na Grande São Paulo, para São Sebastião, no litoral, perdeu o controle e tombou na pista por volta das 22h50 de ontem. O trecho da estrada onde ocorreu o acidente é de declive e tem pouca iluminação.

Segundo o delegado Fábio Pierre, não estava chovendo na hora do desastre, mas o veículo foi violentamente arrastado. Ao tombar, ficando com as rodas para cima, o veículo teve toda a parte do teto destruída, inclusive a cabine. “A maioria das vítimas sofreu contusões muito sérias na cabeça”, ressaltou o delegado.
A maior parte dos corpos já seguiu para São Sebastião, onde serão feitos três velórios coletivos. Os restos mortais de três das vítimas serão enviados para outros municípios.
Os parentes das vítimas passaram todo o dia no IML, realizando os trâmites de identificação e emissão dos atestados de óbito. As prefeituras de São Sebastião e Guarujá e a Polícia Civil uniram esforços para acelerar e facilitar os processos.

Mães, pais e irmãos dos estudantes mortos estavam muito abalados com o ocorrido. A maior parte das vítimas tinha entre 19 e 22 anos.
Uma delas era a estudante de enfermagem Rita de Cássia Lima, de 19 anos. De acordo com o pai, o caseiro Otacílio Pereira de Lima, a filha já havia reclamado do estado dos veículos fretados pela prefeitura de São Sebastião para fazer o transporte dos estudantes para as faculdades. “Ela reclamava da alta velocidade e dos ônibus velhos”, disse ele.


Lima contou inclusive que, algumas vezes, teve de buscar a filha na estrada porque o ônibus quebrou sem concluir o trajeto. Por isso, Lima pretendia dar um carro para que Rita tivesse mais autonomia. “Eu ia fazer mais um sacrifício para dar um presente para ela”, disse Lima, que tem 53 anos e não poupou elogios a filha única. “Era responsável, estudiosa. É uma perda irreparável, não tem descrição”, lamentou.


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