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redacao@rioradiosonline.com.br | Publicado terça-feira, 10 de setembro de 2024 às 21h05
Por: ARI - Associação Riograndense de Imprensa
Por: ARI - Associação Riograndense de Imprensa
Texto: Chico Izidro
Foto: Mariana Czamanski
O evento contou com a presença de conhecidos ícones do rádio rio-grandense e foi marcado pelo humor e pela emoção
Foto: Mariana Czamanski |
A Associação Riograndense de Imprensa celebrou no último sábado (7/9) o centenário do Rádio no Rio Grande do Sul. O Salão Nobre da ARI, na Avenida Borges de Medeiros, em Porto Alegre, estava lotado por dezenas de profissionais que atuaram e ainda atuam nas emissoras do Estado. O evento foi comandado pelo presidente da ARI, José Nunes, e pelo presidente do Conselho Deliberativo da Associação, Luiz Adolfo Lino de Souza, e teve Daniela Sallet como mestre de cerimônias. Contou também com as participações dos professores Luiz Artur Ferraretto, Luciano Klöckner e Valci Zucoloto.
O professor e pesquisador do rádio Luiz Artur Ferraretofalou sobre a data da primeira transmissão de rádio no Estado, através da Rádio Sociedade Rio-Grandense, no dia 7 de setembro de 1924. E apresentou uma rara gravação feita nos anos 1950 pelo jornalista Cândido Norberto (1926-2009), criador do programa Sala de Redação no começo dos anos 1970. Neste áudio, Cândido Norberto destaca a importância do rádio na vida das pessoas.
Já Luciano Klöckner, também assessor da diretoria científica da Alcar (Associação Brasileira de Pesquisadores de História da Mídia) fez o pré-lançamento da segunda edição do “Anedotário do Rádio Gaúcho: 100 anos de história”, que narra fatos curiosos de vários radialistas e jornalistas. A primeira edição foi organizada por Luciano e pelo jornalista Plínio Nunes (1955-2021).
Durante a cerimônia, o advogado Nestor Hein entregou à diretoria da ARI, para exposição na sede da entidade, uma caneta e um relógio que pertenceram a Jayme Copstein(1928-2017).
O evento contou com a presença de conhecidos ícones do rádio rio-grandense e foi marcado pelo humor e pela emoção. Dezenas de profissionais receberam um diploma por seus serviços prestados à comunicação. Muitos se surpreenderam com a homenagem, porque receberam o convite para o evento que celebraria os 100 anos do Rádio no Estado e não imaginavam que seriam homenageados.
Em seus depoimentos de agradecimento, os homenageados brindaram os presentes com muitas histórias de suas trajetórias profissionais. Os veteranos Lauro Quadros e Cláudio Brito divertiram a plateia. Donos de vozes e memórias poderosas e destacadas, não se importaram em estourar o tempo disponibilizado para falar. Pegaram o microfone e lembraram momentos vividos há mais de 60 anos, quando começaram na profissão.
Já André Machado afirmou “ter o sangue de radialista nas veias por uma herança do pai, Dilamar Machado (1935-2001)”. Daniel Scola contou por que o rádio foi a melhor opção em sua carreira. “O rádio está em primeiro lugar na minha vida. Até tentei a TV, mas muitas vezes tu fazes as matérias e elas não vão ao ar. Já o rádio é instantâneo. E como sou ansioso, é o canal perfeito para mim”, brincou.
O jornalista esportivo Maurício Saraiva lembrou de quando escutava futebol nas tardes de domingo ao lado do pai. “Uma vez ele me perguntou se eu queria ser o cara que fez o gol. E eu respondi de primeira: não, quero ser o cara que está falando sobre o lance”, mostrando que a vontade de trabalhar em rádio surgiu bem cedo.
A jornalista Kátia Hoffman se emocionou. Ela foi a primeira mulher a fazer a edição do Correspondente Renner, da Rádio Guaíba, apresentado por décadas por Milton Ferreti Jung (1935-2019). “Me sinto honrada. Ainda mais porque eu não falava, não aparecia, mas preparava o importante material que ia ao ar”, recordou.
Lizemara Prates, que ganhou de um ouvinte o apelido de “Princesinha dos Trigais”, também se emocionou. “É muito legal e emocionante esta homenagem. Eu não esperava. Vim até aqui porque, ao receber o convite, me disseram que havia poucas mulheres confirmadas. Eu ter virado jornalista é algo estranho, pois na minha família não tinha nem jornalistas, nem radialistas. Foi uma surpresa em casa quando eu disse para os meus pais da minha opção. Depois de tantos anos, ser reconhecida com esta homenagem é algo inesquecível”, vibrou.
O rádio tem tanta importância na vida do jornalista Flávio Valente, que ele acabou comparecendo ao evento quando escutou em uma emissora que a festa estava sendo realizada naquele momento na ARI. “Estava em casa ouvindo rádio e falaram do evento. Vim para cá. Eu comecei no jornalismo por causa do rádio. Ou seja, sou um vocacionado. Trabalhei em jornal e em TV, mas a rádio sempre foi a minha opção”, contou ele, com 36 anos de trabalho em rádio.
“Comecei a desconfiar que seria homenageado quando os colegas e amigos passaram a insistir para que eu viesse no evento”, disse Renato Martins. “E está sendo um grande momento de confraternização, de encontro de amigos. Mais importante que receber o diploma, é poder reencontrar colegas e ídolos da nossa vida. Muitoemocionante receber esta homenagem”, garantiu.
O radialista Mário Lima, atualmente morando em Santa Catarina e que completa em 2024 exatos 50 anos de carreira, afirmou ser eternamente grato ao veículo rádio. “O rádio me tirou de uma situação difícil, eu que vim de família muito precária, achei nele o meu meio de vida, iniciado quase por acaso, quebrando um galho. Então ser lembrado desta forma é muito emocionante”, completou ele.
E atualmente exercendo a profissão de advogado, Ciro Machado, agradeceu à ARI pela homenagem recebida. “Esta iniciativa da ARI é uma coisa fantástica, um momento único da entidade. Que orgulho que atitudes como essa sejam tomadas. E sinto saudades do rádio, pois é uma cachaça”, finalizou.
Após a entrega dos certificados, os presentes participaram de um coquetel no Bar da ARI, que teve o apoio da Borrússia e da Dado Bier. Foi um momento de confraternização, com muitos abraços, selfies e novas lembranças.
No local, foi apresentada uma exposição de rádios antigos da Cacaredo. O presidente da ARI, José Nunes, destacou a importância do evento: “Conseguimos reunir grandes nomes notáveis da história gaúcha”, celebrou.
Foram homenageados os seguintes profissionais:
Alexandre Gradet
Antônio Carlos Côrtes
Antônio Carlos Macedo
Antonio Czamanski
Ana Cássia Hennrich
André Machado
Ataídes Miranda
Batista Filho
Carlos Bastos
Carlos Machado
Cesar Freitas
Ciro Machado
Cindy Vitali
Cláudio Brito
Cláudio Moretto
Daniel Scola
Edith Auler
Eduardo Leães
Fabrício de Carvalho
Flavio Dutra
Flávio Fiorin
Flavio Pereira
Flávio Valente
Francisco Vitorino
Gil Kurtz
Glademir Menezes
Glei Soares
Juremir Machado
José Aldo Pinheiro
José Barrionuevo
João Carlos Belmonte
João Garcia
João Paulo Flores
Joabel Pereira
Jeremias Wernek
Katia Hoffmann
Lasier Martins
Lauro Quadros
Lizemara Prates
Luciano Klöckner
Luiz Artur Ferraretto
Luiz Carlos Reck
Maicon Bock
Maria Luiza Benitez
Mario Lima
Mauricio Saraiva
Marcos Duarte
Marcos Hoffmann
Marcos Zani
Nelcira Nascimento
Nikão Duarte
Oziris Marins
Pedro Ernesto Denardin
Paulo Gilvane
Paulinho Machado
Paulo Machado
Regina Lemos
Renato Martins
Ricardo Pont
Ricardo Villar Belmonte
Roberto Villar Belmonte
Rodrigo Giacomet
Ronaldo Reis Feijó
Ruy Carlos Ostermann
Sandro Sauer
Sergio Stock
Tânia Carvalho
Tatiana Gomes
Valci Zucoloto
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